domingo, 22 de fevereiro de 2015

Sniper Americano - Review

Sinopse por filmow: Adaptado do livro American Sniper: The Autobiography of the Most Lethal Sniper in U.S. Militar History, este filme conta a história real de Chris Kyle (Bradley Cooper), um atirador de elite das forças especiais da marinha americana. Durante cerca de dez anos, ele matou mais de 150 pessoas, tendo recebido diversas condecorações por sua atuação.


Ao conversar com algumas pessoas sobre o filme tivemos visões distintas e algumas iguais sobre o filme; Sniper Americano é um bom filme, se fosse a uns 3,4 anos atrás ele teria um hype maior que Birdman, Whiplash, Boyhood, mas a população simpatizante ou não aos Estados Unidos acaba por se cansar de ver filmes onde o país e seus cidadãos são exaltados, as vezes ao extremo.






Ao meu ver, Clint Eastwood nos lembra que há mortes dos dois lados, que perdemos uma parte de nós mesmo na guerra, seja ela mental, física, sentimental, a guerra nós marca da pior maneira possível, dos dois lados. Porém, ao mesmo tempo temos Kyle (Bradley Cooper) comentando que o amigo morreu, pois, deixou de ser patriota, de querer defender o país de terroristas, esqueceu sua nação, será realmente que essa decisão causou a morte dele? Será que essa urgência de defender seu país faz com que ele seja menos cego para o por que da guerra estar acontecendo? O porque de perder a convivência com seus filhos, irmãos, pais? 

São essas questões que acabam por não existir na vida de Kyle, pois, ele está tão focado em defender sua nação e matar terroristas que perde um pouco desse senso crítico, claro que no final isso 'muda' um pouco, mas como sempre a vida desses soldados tende a ser uma bola de neve, nada muda, todos continuam a se reabilitar pelo uso das armas. 

Quem em sã consciência levaria um veterano que aparentemente tem um caso difícil de estresse pós-traumático para caçar???!!! Por isso digo, bola de neve, as armas deveriam ser banidas do contato deles por um tempo, os americanos deveriam ter mais assistência psicológica pós-guerra, ou melhor ainda desistirem de causar guerras ou quererem entrar no meio delas todo tempo. 

Obviamente os 'terroristas' não são santos, nem injustiçados, eles podem causar tanto mal quanto os americanos, mas essa mudança contra eles deveria começar do governo do país, melhorando as condições da população, dando educação a moradia, não sei, acho que se a população em geral tivesse um certo nível de lucidez e livre-arbítrio eles mesmo poderiam combate-los. 




É um filme que pode dar conversas complexas, assim que você terminar de vê-lo, mas ao mesmo tempo é algo que já vimos e temos alguma opinião formada...

Bradley Cooper já se provou novamente, é um ótimo ator e Sienna Miller esta muito bem, a direção foi boa, mas no geral o destaque vai para Cooper, ele realmente fica em evidência por todo o filme.  Eu não li o livro ainda, pretendo, pois quero saber até quando Chris Kyle foi  retratado com fidelidade.


No Oscar o filme está concorrendo a:
Melhor filme, Melhor ator, Melhor roteiro adaptado, Melhor Edição, Melhor Som (mixagem e edição)



Veja o trailer abaixo: 




Nenhum comentário:

Postar um comentário